Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Aspirina a bombar

Vamos aos factos. Cerca de dois anos e meio depois da publicação das polémicas doze caricaturas do profeta Maomé, os jornais dinamarqueses insistiram e republicaram uma das imagens como forma de protesto contra a tentativa de assassinato de um dos cartoonistas e que levou anteontem à detenção de três pessoas responsáveis pelo plano. Um cidadão dinamarquês, de descendência marroquina, e dois tunisinos foram anteontem detidos por planearem assinar Kurt Westergaar, o cartoonista de 73 anos do jornal “Jyllands-Posten”, o primeiro a publicar os desenhos em Setembro de 2005. Por isso, cinco grandes jornais diários, outros dez mais pequenos, e um diário sueco decidiram imprimir outra vez o polémico desenho, considerado ofensivo e desrespeitador do fundador Maomé. E mais uma vez os protestos chegam do mundo islâmico. Ontem, o Aspirina B publicou a caricatura e o comentário à história. Hoje ainda, a discussão corre livre por aqui, recheada de reflexões para todos os gostos, incluindo as minhas, claro, e de gente melhor. Assim se alimenta o raciocínio, assim engorda o conhecimento, assim cresce opinião de jeito. A conversa, aparentemente, está para ficar. Sem bombas, com violência qb. Imperdível, digo eu.

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