Quem nunca viu a Ribeira Quente não sabe do que falo. O casamento de uma escarpa instável com uma azia meteorológica pode dar rebentos de tragédia de proporções inimagináveis. É por isso que existem os engenheiros, os geólogos, os especialistas que lêem os sinais da terra e determinam a segurança ou falta dela nas obras e nas vidas das populações. Para evitar. Para ajudar, prevenindo.
No recente desmoronamento de terras nos Socorridos, em Câmara de Lobos, uma derrocada esmagou por completo um laboratório da construtora Tâmega, matando dois funcionários daquela empresa. Já em 2005, no mesmo exacto local, tinha havido uma derrocada de menor dimensão e com prejuízos menores. E há duas semanas atrás, no mesmo local, tinha caído da escarpa uma quantidade significativa de rocha. Agora foi o que foi.
Enterrados os mortos e avaliados os prejuizos, impõem-se duas perguntinhas discretas. Quem foi a mente brilhante que licenciou um laboratório de uma construtora naquele local é uma delas, embora Alberto João Jardim já tenha decretado "que as causas são naturais e não há culpados". Miguel de Albuquerque também diz que a Câmara só licenciou o que a Indústria autorizou, mas a directora regional do Comércio e Industria diz que não existem indústrias naquele local. O ex-vereador da Câmara, Raimundo Quintal, responsável pela pasta do Ambiente, afirma que votou contra o licenciamento do alargamento da zona industrial para aquela zona, exactamente por causa do perigo que a escarpa representava. E Santos Costa, o Secretário Regional do Equipamento Social, também dá de Pilatos nesta história sem maus e só com coitados, lavando de responsabilidades suas as mãos na terra caída.
A segunda pergunta terá uma resposta ainda mais complicada, estou certo. É que sendo a Construtora Tâmega a responsável pelos incontáveis túneis feitos por toda a ilha da Madeira, sendo no juizo dos seus engenheiros e geólogos que todos os passantes nesses túneis têm que confiar, eu gostava que alguém me explicasse quem foi o idiota que mandou colocar as suas próprias instalações mesmo na boca de um lobo conhecido pela sua eterna fome de obras e vidas humanas. E já agora se é o mesmo que construiu os túneis.
No recente desmoronamento de terras nos Socorridos, em Câmara de Lobos, uma derrocada esmagou por completo um laboratório da construtora Tâmega, matando dois funcionários daquela empresa. Já em 2005, no mesmo exacto local, tinha havido uma derrocada de menor dimensão e com prejuízos menores. E há duas semanas atrás, no mesmo local, tinha caído da escarpa uma quantidade significativa de rocha. Agora foi o que foi.
Enterrados os mortos e avaliados os prejuizos, impõem-se duas perguntinhas discretas. Quem foi a mente brilhante que licenciou um laboratório de uma construtora naquele local é uma delas, embora Alberto João Jardim já tenha decretado "que as causas são naturais e não há culpados". Miguel de Albuquerque também diz que a Câmara só licenciou o que a Indústria autorizou, mas a directora regional do Comércio e Industria diz que não existem indústrias naquele local. O ex-vereador da Câmara, Raimundo Quintal, responsável pela pasta do Ambiente, afirma que votou contra o licenciamento do alargamento da zona industrial para aquela zona, exactamente por causa do perigo que a escarpa representava. E Santos Costa, o Secretário Regional do Equipamento Social, também dá de Pilatos nesta história sem maus e só com coitados, lavando de responsabilidades suas as mãos na terra caída.
A segunda pergunta terá uma resposta ainda mais complicada, estou certo. É que sendo a Construtora Tâmega a responsável pelos incontáveis túneis feitos por toda a ilha da Madeira, sendo no juizo dos seus engenheiros e geólogos que todos os passantes nesses túneis têm que confiar, eu gostava que alguém me explicasse quem foi o idiota que mandou colocar as suas próprias instalações mesmo na boca de um lobo conhecido pela sua eterna fome de obras e vidas humanas. E já agora se é o mesmo que construiu os túneis.
3 comentários:
Pelo que sei alguns desses túneis estão em obras de consolidação há já 4 meses e a obra não acabará senão daqui a mais 4 são rachas e rachas para consolidar.
madeirensónimo,
alberto joão percebe de consolidações, isso é um facto. já lá vão quantos anos? trinta? pode ser que ele consolide as rachas (o que, dizem, também não seria a primeira vez).
E a Madeira existe?
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