Acho aquela gente desengonçada e triste, estúpida e brutal. Comem coisas estranhas e têm o mesmo calor humano do nevoeiro perpétuo em que nascem, vivem e morrem. Adivinho-lhes na pose empertigada o milagre de um cabo de vassoura enfiado cú acima, para manter a espinha direita em todas as situações. Bárbaros e sanguinários, arrogantes e prepotentes, os ingleses vivem com a rainha no palácio e o rei na barriga.
Olham o mundo por cima do ombro com o desdém dos tolos que se julgam o epicentro de todas as convulsões sociais e um exemplo de virtudes. Chacinaram meio mundo com a lâmina afiada da cagança britânica, a mesma que ainda hoje emporcalha até o futebol levando a bestialidade aos estádios. Foram vergonhosos em África, nojentos na Índia, falsos na Escócia e criminosos na Irlanda, em cujo conflito a sanha assassina dos súbditos de sua majestade cometeu mais erros que acertos, na soma das atitudes.
Não deixa por isso de ter a sua triste graça ver e ouvir estas recentes declarações do gabinete político do eurodeputado inglês Roger Knapman, segundo as quais Portugal tem uma justiça 'corrupta' e 'não tem uma verdadeira tradição de direitos civis, liberdades e democracia', 'não sendo por isso a Justiça fiável'. Sobretudo se pensarmos no famoso processo de Gerry Conlon e família, atirados inocentes para o sistema prisional inglês pela errada suspeita de pertencerem ao IRA.
Não deixa por isso de ter a sua triste graça ver e ouvir estas recentes declarações do gabinete político do eurodeputado inglês Roger Knapman, segundo as quais Portugal tem uma justiça 'corrupta' e 'não tem uma verdadeira tradição de direitos civis, liberdades e democracia', 'não sendo por isso a Justiça fiável'. Sobretudo se pensarmos no famoso processo de Gerry Conlon e família, atirados inocentes para o sistema prisional inglês pela errada suspeita de pertencerem ao IRA.
Condenados injustamente em 1976, durante quinze longos anos viram as suas vidas, amizades, famílias e patrimónios destruídos, sofreram o horror de um processo de enxovalho público que ficou conhecido como 'Os quatro de Guilford', numa alusão ao local do atentado por cuja autoria foram acusados, e um deles, o velho e doente Giuseppe Conlon, morreu na cadeia e na desgraça de uma culpa que nunca teve.
Durante esses mesmos quinze anos, os responsáveis pelo encarceramento dos Conlon, policiais e políticos, ocultaram provas, mentiram em tribunal e fora dele, fizeram desaparecer testemunhas e conscientemente enganaram todo o sistema judicial e todo um país sedento de sangue, num dos mais vergonhosos e indecentes episódios legais da história recente. E agora, apenas trinta anos passados, com os protagonistas de Guilford ainda vivinhos da costa para ilustrar palavras como 'corrupção', 'estupidez', 'desonestidade' e 'arrogância', lá vem mais um perfeito exemplar da criminosa idiotia britânica dar lições ao mundo sobre decência judicial, direitos civis e democracia.
Não se desse a circunstância de ser Portugal um sítio mal frequentado por governantes medíocres e estadistas de pacotilha e outro galo cantaria na prosápia nacional. A mesma que se arroga de primeiro plano na fotografia do poder europeu, para mostrar à família, e depois curva humilde a cerviz perante o insulto gratuito, encolhendo-se resignada ao achincalhar do nosso passado e ao avacalhar do nosso presente enquanto povo e nação soberana. Sócrates, Cavaco, Soares, Guterres, Barroso, não há ninguém que seja alguém e mande este senhor à merda na resposta?
14 comentários:
Malta!
Isto é caso para outra revolução!
Rui Vasco Neto à presidência...!!!! Rui Vasco Neto à Presidência!!!!!
Quem vota?
Eh, eh, vamos já tapar de preto o Camões...
Agora a sério, eu adoro os britânicos. Têm os melhores escritores do mundo (Austen, Dickens, Waugh,...), são de uma excentricidade hilariante e comovente e produziram as figuras mais interessantes da história da humanidade (tirando Jesus Cristo e mais dois ou três). E sofrem de clubite nacionalista como qualquer outro povo; acho que isto ainda é ressabiamento por lhes termos ganho no Mundial. (Ou foi no Europeu?!)
maltónimo,
nem tanto, nem tanto.
too kind.
maria,
pois e pois.
por isso estou nos treinos do berlinde. o próximo mundial da modalidade é meu, gordon brown que se cuide.
Eh, pá ! Os nosso deputados já se insurgiram no Parlamento Europeu contra estas declarações !!! E este palerma do inglês nem é do partido do governo britânico, é de direita, tás a ver ???
Como eu gostava que o meu texto me tivesse saído assim. Saíu-me ao menos a revolta na palavra.
Parabéns por este que saíu com muita força e é preciso acordar as pessoas que não reagem de imediato.
graza,
obrigado, volte sempre.
(gostei dos seus sem abrigo)
marquesa,
o palerma é diplomata inglês e isso chega-me.
quando abre a cloaca, fá-lo em nome de sua majestade.
(eu disse falo? e majestade? na mesma frase?)
oh, Deus...
Sorry ... um deputado não é um diplomata, pois não?
Disseste falo, majestade e CLOACA !!!
marquesa confusa,
sorry indeed. um deputado europeu é definitivamente um diplomata...
falávamos de cloacas?
EEuu ? Nããoooo!! Diplomáticamente lhe digo que você é que falava (ou faloava ?)
bye dear, see you tomorrow !!!
há fóruns de jornais ingleses e imprensa on-line onde estão a apagar artigos que façam referência a Knapman e à difamação da Policia Portuguesa. Censuram comentários, posts, tudo. Veja o meu artigo em
Http://joana-morais.blogspot.com/
2007/11/censuras-difama-i.html
joana,
fui ver e pode chamar-lhe trabalho, de facto. está documentado e abre portas de raciocínio que não são de descurar.
obrigado pela achega.
Rui, eu é que lhe agradeço por os pontos nos i's no seu artigo. Obrigada.
Aqui fica o link para o 48 hours Mystery da CBS (os mesmos que produzem o 60 minutes); http://www.cbsnews.com/stories/
2007/11/14/48hours/main3501086.shtml
programa a ser transmitido este sábado, dia 17, com imagens (em exclusivo) e inéditas dos McCann umas horas após o alegado rapto.
Alguém disse: Hollywod está a espreita!
joana,
eu próprio vou estar à espreita no sábado.
volte sempre.
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