Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.
4 comentários:
E que mal tem?
Que enfadonhas teriam sido as cortes sem os bobos! E as noites, sem as cigarras!...
Reserve-se as tragédias e os dramas para a classe política. Ninguém como os políticos asseguraria melhor desempenho nem garantiria melhor a observância das regras da tragédia grega: papel predominante do "fatum" (consubstanciado na consabida fórmula "é a vida"); uma cambada de vilões para assegurarem um clima de "phobos" com sentimentos de terror e piedade q.b.,no público, e um coro (que nem o dos hebreus!)para as lamentações!
E tudo isto num tom sublime, como é apanágio ( e conforme se pode observar através dos ensaios que, regularmente, têm lugar na Assembleia da República) com os protagonistas em número reduzido e pertencentes a uma elite ( também da praxe).
A tragédia aos políticos, tá visto.
Que nisto de fazer sofrer é preciso muito treino!
Umas vezes porque são surdos...outras porque são ignorantes... outras porque de quando em vez é verdade...
De qualquer maneira não sei ao certo. As esmagadora maioria das salas onde tenho cantado não têm vista para a corte.
Os bobos da corte são os que estão no governo. Têm é um péssimo sentido de humor.
mifa,
só dizes isso porque nunca ouviste o mendes bota cantar.
sam,
mas tenho a certeza que a cortye tem tido vista para a esmagadora maioria das salas onde tens cantado.
certo, samuel?
daniel,
e tu dizes isso porque nunca ouviste o cavaco contar anedotas com a boca cheia de bolo rei.
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