Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


domingo, 11 de novembro de 2007

O Rei e o Bobo

6 comentários:

Anónimo disse...

"o rei e o bobo" Muito bem escolhido, sim senhor! abre-se uma porta imensa, com esse título...donde podem sair incontroláveis forças ocultas.

Houve um tempo que o rei matava todos com a sua espada.hoje, qualquer bobo, pode matar todos com a língua.

Anónimo disse...

Mais uma manipulação jornalistica em que o "lead" não tem nada que ver com o conteúdo.Vendo a peça que a RTP exibiu, nota-se que o rei quis calar Chavez só para não interromper a resposta que estava a ser dada por zapatero, de resto esse comentario do rei foi o menos interessante de todo o episódio e o proprio Chavez não se calou como continuou a interromper Zapatero. Isto diz muito do modo como os jornalistas tratam diversos temas, sob a lente ideológica deturpando, manipulando e criando heróis de pacotilha.Agora imagine-se como são tratados muitos "casos" que nos aparecem nos jornais e televisões no quotidiano, primeiro arranja-se um título interessante, depois faz-se o filme de modo a que sirva o título da notícia e já está. Ah depois convidam-se os avençados comentadores que devidamente manipulados em directo ("Não acha que isto e isto podem por seriamente em causa o estado de direito?" etc...)e pensando no jeito que dá uns cobres ao fim do mêsa todos os meses, dizem "Eu não sou especialista nesta área, mas tudo indica que sim". E pronto assim nascem e morrem todos os dias
as mais fabulosas histórias nesta autentica colecção de fait-divers em que se tornou uma das outrora mais respeitadas vocações.

Anónimo disse...

Qual é o seu personagem favorito, meu caro RVN ?

Eu cá prefiro o Bobo pela sua complexidade psicologica e faço votos que ele não tenha o fim do "Rigoletto"

Anónimo disse...

Já imaginaram como é que vai ser quando aparecer o Zorro?

Rui Vasco Neto disse...

ocultónimo,
pois, claro. nem mais.
um problema, é o que é.

manipulónimo,
não seja tão duro com a classe, meu caro.
estou de acordo que muito do sentido das palavras de juan carlos se perde na expressão idiomática que usou, mas a ira do rei não precisou de ajuda jornalística para existir, que eu também vi o video.

Rigolletónimo,
uma tragédia, é o que é. o meu bobo preferido saiu das mãos de gil vicente, na ficção, e do ventre de barbara bush na vida real.

zorrónimo,
aeôu silver...

Rui Vasco Neto disse...

manipulónimo,
queria evidentemente dizer, lá em cima, «que se perde na tradução da expressão idiomática».
cumprimentos