Com a pedofilia diariamente em todos os telejornais, o dia a dia de quem gosta genuinamente de crianças ficou complicado. Sobre os putos, em vez do sol de todas as alegrias, paira neste momento uma sombra terrível de desconfiança generalizada. Olhar para crianças, sobretudo se não forem as nossas, tornou-se uma possível fonte de sarilhos. Tocar-lhes, então, é uma iniciativa de risco, mesmo que seja para as levantar do chão porque cairam a correr. Ou simplesmente porque são tão fofas que apetece agarrar e dar beijos nas bochechas.
Os tempos não estão para isso, é um facto. E justifica-se a apreensão, vamos lá a ser objectivos e coerentes. Quando verdadeiros pilares da comunidade se revelaram monstros nojentos em privado, babando sobre fotos e filmes de práticas sabujas com menores, tudo é de suspeitar, tudo é de recear, todos os olhos são poucos sobre as nossas crianças. Mas se a apreensão é justificável, a histeria já não o é de todo. Muito menos nas forças de segurança que têm por missão zelar pela ordem pública e fazê-lo de acordo com as regras de procedimento policial previstas nos seus manuais operativos, ás quais é suposto juntarem uma certa dose de bom senso na avaliação das situações.
Os tempos não estão para isso, é um facto. E justifica-se a apreensão, vamos lá a ser objectivos e coerentes. Quando verdadeiros pilares da comunidade se revelaram monstros nojentos em privado, babando sobre fotos e filmes de práticas sabujas com menores, tudo é de suspeitar, tudo é de recear, todos os olhos são poucos sobre as nossas crianças. Mas se a apreensão é justificável, a histeria já não o é de todo. Muito menos nas forças de segurança que têm por missão zelar pela ordem pública e fazê-lo de acordo com as regras de procedimento policial previstas nos seus manuais operativos, ás quais é suposto juntarem uma certa dose de bom senso na avaliação das situações.
Este fotógrafo amador acusa hoje a PSP de Faro de o ter detido ilegalmente durante quatro horas e confiscado a sua máquina fotográfica, alegando que estaria a fotografar menores em carrosséis de uma feira naquela cidade. Manuel Cortez Baptista, de 50 anos, garantiu à agência Lusa que se limitava a tirar fotografias na Feira de Santa Iria por ser fotógrafo amador"."Fotografava os divertimentos porque têm cor e movimento. Nunca tinha sido alvo de uma acção e uma acusação tão absurda", declarou. «Quando me contactaram nem sequer estava a fotografar. Estava sentado junto aos divertimentos, com a máquina ao colo e senti uma mão no ombro".
Os agentes à paisana das Brigadas de Investigação Criminal da PSP de Faro levaram-no então para outro local onde lhe pediram a identificação. "Quando ia a tirar o telemóvel do bolso para ligar à minha família fui agarrado por trás, colocaram-me as algemas e começaram a tratar-me por tu", conta Manuel Cortez. "Questionaram-me sobre a minha vida íntima, tentando descortinar se tinha inclinações pedófilas. Tiraram-me fotos, as impressões digitais e passadas quatro horas mandaram-me embora, mas sem a máquina". Posteriormente o fotógrafo amador tentou recuperar o equipamento , mas até ao momento ainda não o conseguiu. A PSP exige uma prova de que este lhe pertence.
Casado e pai de um rapaz, Manuel Cortez Baptista assegura que não teve quaisquer "segundas intenções" com o seu passatempo, lamentando a "caça às bruxas" em que considera ter-se convertido a procura de alegados pedófilos. Pode estar a mentir, é um facto. E pode estar a falar verdade, é outro facto. Aquilo por que passou, mais a suspeita de ser pedófilo, isso já ninguém lhe tira.
O Correio da Manhã ouviu a PSP de Faro, que explicou não ter sido o indivíduo detido mas sim "levado para a esquadra para identificação por estar a recolher fotografias na via pública sem autorização". Até agora, ao que consta, o carrocel ainda não foi interrogado para saber se autorizava ou não as fotos. Mas fica aqui amplamente comprovada a sombra da dúvida que de repente desceu sobre toda esta sociedade tradicionalmente hipócrita com os seus mais novos mas agora particularmente atenta aos mais carinhosos. O dia a dia de quem gosta genuinamente de crianças ficou complicado. Suspeito que tivesse Santo António vivido nesta era de Bibis e quejandos e nunca o deixariam andar com o menino ao colo nas imagens da comunidade cristã. E ainda teria de fazer prova que tinha comprado a batina.
RVN
8 comentários:
...até já me contaram, e era de certezinha, visto pelos olhos que a terra há-de comer e jurado pelas cinco chagas, que as civis brigadas andam para aí a recolher uns livros estranhos onde aparece um tipo a dizer deixai vir a mim as criancinhas...
E agora para algo completamente diferente, sabias que o ano passado na suiça os pais natais de rua estavam proibidos pela policia de sentar as crianças no colo?
teresa,
eu já tinha poucas dúvidas mas agora só tenho certezas.
detesto ser eu a dar a notícia, mas não vejo chance de vê-la chegar ao céu.
e pronto, lá vou ter de levar consigo. Encontramo-nos no bar do costume?
teresa,
para algo completamente diferente, deixe que lhe diga que já sabia.
ainda o natal passado houve um que não me quis ao colo...
t,
claro que sim. terceira nuvem à esquerda. eu vou de branco e sou o gajo das asas.
essa agora....
e seu eu estiver calmamente sentada na esplanada e quiser fotografar o bugio....
... às tantas ainda me mandam bugiar.... hehehehe
maria,
muito provavelmente.
é por essas e por outras que eu tenho sempre o cuidado de mandar bugiar antes que me mandem a mim.
acredite.
rvn
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