Macacos citadinos, que entram soltos nas escolas, ministérios, hospitais, prédios e esquadras de polícia? Não resisto a desenvolver o tema. Afinal, para quem tem uma realidade como a portuguesa, cheia de vazios e tolices, imaginar um quotidiano como este é mesmo o fim da macacada. Se não, vejamos.
Nova Deli, a capital da Índia, tem sido atacada desde o mês passado por macacos agressivos, que já causaram a morte do vice-presidente do município da cidade e dezenas de feridos, sem que a autarquia consiga combater a investida dos primatas. Os últimos ataques aconteceram esta segunda-feira, quando mais seis cidadãos foram mordidos, e no fim-de-semana anterior, em que uma mulher ficou gravemente ferida e duas dezenas de pessoas tiveram de receber tratamento devido às mordeduras dos símios. Já em finais do mês passado foi a vez do próprio vice-presidente do Município de Nova Deli, Sawinder Singh Bajwa, de 52 anos, morrer ao cair do terraço da sua casa quando tentava fugir de quatro macacos.
A questão é que nas ruas de Nova Deli passeiam-se em liberdade, há várias décadas, entre 10 e 20 mil macacos selvagens, para além de cerca de 35 mil vacas e búfalos e muitos milhares de cães vadios. Os símios invadem regularmente os ministérios, os tribunais, as esquadras de polícia ou os hospitais, semeando o pânico nas zonas residenciais, onde procuram comida. Matar macacos é proibido para os hindus, que veneram Hanuman, um deus-macaco que simboliza a força.
Tudo isto deixa a polícia com um grave problema operacional, traduzido de forma magistral nas notáveis declarações do senhor Jaspal Singh, comissário-adjunto da polícia da cidade, à agência noticiosa francesa France-Presse: "Enquanto polícias, não somos verdadeiramente exímios para ocuparmo-nos de macacos. Podemos gerir casos de touros que se tornam loucos mas macacos... é um pouco mais difícil", explicou.
12 comentários:
" Os símios invadem regularmente os ministérios, os tribunais...".
Hum, não imaginava os macacos tão, tão inteligentes!
E que tal se importássemos alguns?!
Se começarem por se livrar daqueles "deuses" o resto virá naturalmente...
Eu sei que ninguém perguntou, mas quem pensou que eu estou a defender a evangelização dos hindus, espalhou-se ao comprido.
Macaquinhos no sótão (e visto isso, por todo o lado) já eles têm de sobra.
Não será que nós também somos obrigados, não digo a venerar, mas ao menos a suportar esse tal de Hanumam? Honi soit qui mal y pense. (E que também honni soit qui mal y pense por eu ter escrito "honi". Limitei-me a respeitar a divisa da Ordem da Jarreteira, que é do tempo em que havia poupança de letras, pois cada uma dava um trabalhão a escrever.)
mifá,
abra os olhos, querida. os nossos ministérios e tribunais já estão cheios de macacos, não há que importar...
sam,
amen (e anda por aqui uma formiga a pedir-te uma música, não sei se já viste)
meu querido jarreta,
que é feito de ti, caramba? cheguei a pensar que alguma aspirina te teria caído mal, sei lá...
vê se não te ausentas sem aviso prévio, ou terei de avançar para a medida de coacção do costume: termo de identidade e residência.
rvn,
eu referia-me aos inteligentes.E esses, por mais que eu arregale os olhos, juro que os não vejo, querido.
Rui e Miguita
"alguém que semeia canções ao vento que passa" é de facto uma frase bonita. Daria certamente uma cantiga gira, porém, dizem-me os meus arquivos que já existem uns versos de Manuel Alegre que a dado passo falam de "...alguém que semeia canções NO vento que passa".
Como compreenderão, só por uma palavra não se justifica fazer uma música toda nova.
Fico-me portanto com a música do Adriano Correia de Oliveira.
Samuel,
Porquê...? Não é capaz de mudar uma só nota....?
É só mesmo playback...????!!!!!
Formiga
Pronto, pronto!
Eu faço o que for preciso!... :)
sam,
então para mim é arroz de feijão e pataniscas.
se faz favor, evidentemente.
(e um cartuxa, que fica aí perto..)
Samuel,
Agora que fizemos as pazes...também posso ir ao arrozinho e às pataniscas?
Olha! Teria sido giro se eu tomasse atenção aos comentários. Agora, a esta hora, danou-se!
sam,
pois.
já ouvi desculpas melhores.
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