Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


sábado, 12 de abril de 2008

A morte do mito das Caldas



Esta semana já falámos de coisinhos, lembram-se? Pois agora a notícia é maior e mais variada, digamos assim, mas o assunto é o mesmo. O coisinho, claro. Leio no Expresso: pessoas de todo o mundo estiveram esta semana em Kawasaki para celebrar a fertilidade e pedir protecção contra doenças sexualmente transmissíveis. O rei da festa foi um pénis gigante, feito de madeira, com 280 kg de peso. É obra, não?

É assim todos os anos. Um gigante pénis de madeira é o grande protagonista de uma festa que reúne milhares de pessoas em Kawasaki, no Japão. Celebrar a fertilidade e pedir protecção contra as doenças sexualmente transmissíveis são os grandes objectivos daquele que é já conhecido como o "Festival do Pénis". A festa data de um ritual com mais de trezentos anos, quando as prostitutas se reuniam para pedir protecção contra doenças como a sífilis. Hoje em dia, são mais de trinta mil os foliões que se juntam para acompanhar o percurso do grande pénis de madeira. A escultura, com cerca de duzentos e oitenta quilos, é transportada em ombros até ao túmulo da Tagata Shinto, que fica no templo da deusa Takeinadane-mikoto, deusa da fertilidade.

Deixo-vos com as imagens, que valem por uma infinidade de palavras, como se sabe. Estas mostram-nos que tal como Torres Vedras está para o Rio de Janeiro em matéria de carnavais, assim está a nossa Caldas da Rainha
para Kawasaki em matéria de coisinhos. Não é uma questão de tamanho, é o tamanho da questão. O seu a seu dono. A capital do pénis mudou-se para o Japão, há que reconhecer. Assim morrem os mitos.

1 comentário:

Anónimo disse...

O fulano que guarda essa treta de ano para ano, não pode apregoar aos sete ventos que tem um coisinho de 280 kilos.
Passa por mentiroso.