Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Nós também temos Conis

Sílvio Berlusconi é um dos meus Valentins Loureiros preferidos. Todo ele emana o inconfundível charme asinino que marca e distingue estes homens de poder, que vencem a vida com uma perna às costas, às vezes corpos inteiros. Já recentemente Berlusconi tinha chamado a atenção para o cariz sexista e infeliz das suas opiniões, quando chamou às seguidoras veteranas a «secção da menopausa» e as mandou fazer bolos. Pois terça-feira passada, em plena campanha eleitoral legislativa italiana, este homem fascinante deu mais uma prova de vida com marca sua, registada: «A esquerda não tem gosto, nem sequer para escolher mulheres. As nossas candidatas são as mais bonitas do Parlamento, não há comparação», disse Berlusconi e eu fiquei a pensar. Em quê? Em nós, caramba, em Portugal e nos portugueses, na política nacional e no mulherio político, com todo o respeito. Mas sim, pensei nelas, as que estão no hemiciclo e fora dele, em todas as 'elas' que poderiam ser as visadas se um dos nossos Berlusconis lhe desse para o mesmo nível de campanha aqui. Os senhores já pensaram? Se o não fizeram experimentem agora, só um nadita. Pensem comigo. Sendo a beleza o critério de escolha das candidatas partidárias numas putativas eleições legislativas em Portugal, qual seria o partido mais votado? Aceitam-se apostas.

2 comentários:

samuel disse...

É mais burlesconi... mas os italianos são uns pândegos.

samuel disse...

Gaita, esqueci-me da aposta...
A Scarlett Johansson está em que partido?