Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Bom dia. Hoje estou abalado.

15 comentários:

Anónimo disse...

Ainda foi um abanão razoável!
O 4.9, segundo Richter, é o mais forte dos considerados "ligeiros".
Olha, mas esses latidos, geralmente, são bons : terra que ladra não morde.O pior é quando ela está muito tempo calada!

Agora, se eu fosse mázinha, diria " não são menos que a gente. Já se sabe."
Jocas.

Carlos Enes disse...

Grande Rui Vasco Neto!

Não sabia que andavas por aqui (o meu cão não me ajuda na net), mas já te apanhei.

Aquele Abraço!

CE

Rui Vasco Neto disse...

mifas,
tremorzinhos de cácárácácá... que é isso para a gente? É que nas veias corre-nos basalto negro, e na lembrança vulcões e terramotos...

carlos, caríssimo,
ando eu e andas tu, três ou quatro posts abaixo, numa justíssima chapelada ao teu trabalho recente.
estás bem, espero? em forma, pelo que vou vendo, não tenho dúvidas que estás.
abraço grande.

Anónimo disse...

Por Toutatis!!!!!!
Eu avisei, não avisei? a Mãe Natureza, também, vai querer tratar-nos da saúde!

Anónimo disse...

A propósito desse arrepio do Sul do Reino, ouviu-se o costume de cá e daí: "Não houve vítimas nem estragos materiais." Ora por volta do grau 5, ambas as escalas se equivalem, a de Mercalli e a de Richter. Explicando melhor. A escala de Richter refere-se à energia libertada, a de Mercalli ao grau de sensibilidade (até ao cinco) ou de destruição (o seis pode provocar rachas em muros velhos), e, daí para cima, vai continuando a definir os estragos. Portanto, um cinco (que é quando, como disse, as duas escalas "se tocam" mais ou menos) não tem capacidade destrutiva. Mas é a partir do cinco que a escala de Richter "dispara". Um seis já é um caso sério. E isto porque de grau a grau a energia é multiplicada por trinta, começando no zero (isso mesmo, o zero) que corresponde mais ou menos ao salto de um homem de uma mesa para o chão.

Anónimo disse...

Daniel,
invejo-lhe a energia.
E eu que pensava que o Mercalli e o Richter estavam sempre em rixa, com vitória para o Richter, e nunca se "tocavam".
Fiz a minha consultazita mas, como estava cansada do serão de ontem ( pois, o Daniel não apareceu. Seguramente foi cedinho prá cama ) mas, dizia eu, fiz a minha consultazinha só que resultou escassa. Eu quiz armar aos cucos e o resultado foi este! Porém, valeu a pena o desaire pois
ditas as coisas pelo Daniel, com as letras a amenizarem a aridez até da sismologia, percebi perfeitamente.
Obrigada.

Rui, olá ( para não te pores para aí a esberraçar "entrou, não disse nada..., rebéubéu...").
Ah, e já agora, não deixei "cair" nada por aí? É que dei por falta de uma coisa que julgo que deixei na loja.

Rui Vasco Neto disse...

ai agora,
por belenos, desde que o céu não nos caia em cima da cabeça, por mim até um bardo ouvia.

daniel,
A maior experiência sísmica, digna desse nome, da minha vida, vivi-a a menos de dez metros da tua casa.
Passei duas ou três horas sentado naquele cafézito, a acertar os últimos detalhes de um espectáculo, sentado a uma mesa que tremeu o tempo todo, 'dançou' é o termo.
Curiosa também a disciplina das gentes da maia, que nesses dias (lembras-te da crise, porto formoso, maia, vila franca?) saía para o meio da rua ao sinal sério de mais um abalo. E meio da rua é literal: as crianças da escola sentadas exactamente na risca que marca o meio da rua, tudo em fila indiana e calmíssimo, com sorrisos.
Basalto negro nas veias, certo? Vulcões e terramotos.

Mifas,
Não, nada. Mas beijo-te na mesma. Mas nada do que procuras, de facto. Definitivamente. Ok?

Anónimo disse...

Rui,
paciência!
É que era uma jóia de estimação! E, ainda por cima, não me pertencia e eu tinha que a entregar ao dono!
Obrigada, na mesma.
Jocas.

Rui Vasco Neto disse...

mifas,
obrigado eu.

Anónimo disse...

Mifá, mas a minha caríssima amiga não disse nada de errado. Eu limitei-me a completar a informação. Porque, se a Mifá pensava que a Richter estava smepre acima da Mercalli, pelo menos não o disse.
Rui
Claro que me lembro dessa crise. O abalo mais forte deu-se quando eu estava a virar uns peixes que grelhava. O meu filho estava sentado a ver televisão, e eu disse-lhe: "Este é mais fortinho." Mas continuei calmamente o meu trabalho e ele a ver o que estava vendo. Claro que eu me assustaria se visse cair coisas, mas aqueles tremeliques quase tinham criado habituação. (Minha mulher estava em Lisboa, como agora está, porque foi esperar um netinho que nos nasceu ontem, aliás anteontem, porque já passa da meia-noite.)

Rui Vasco Neto disse...

daniel,
parabéns, baboso!
há-de ser poeta, o coriscalfacito.

Anónimo disse...

Rui, essa do baboso fica pelo bom canalha. (Dito no tom que te ouvi, tal como no que sabes que usei contigo, estamos quites: elogiámo-nos um ao outro. E, modéstia à parte, merecemos...)

Rui Vasco Neto disse...

daniel,
nem mais, mê rico hóme.
ora diz-me, se puderes e souberes: e como se chamará o delfim? sócrates, coitado? aníbal, não, por favor! menezes? nem pensar?
não me digas que é daniel...

Anónimo disse...

Rui, cá na família cada qual tem o seu nome, que os há que dão para todos, e escusam de estar a partilhar algo tão individual. Será Tiago.

Rui Vasco Neto disse...

daniel,
parece-me bem. Tem a minha benção, o catraio, que só pode ser boa gente. Nem que seja só por parte do avô.
Grande abraço, baboso! (é dos termos mais micaelenses que me lembro, na circunstância; serve como luva)