Em baixo: "Cântico da mãe escrava ao filho morto".
Sete vidas mais uma: Daniel de Sá.
fechava, pelos teus, estes meus olhos
que a dor cega, e de novo tu verias.
Ai meu filho, ai meu filho, tens escritas
a ferro e fogo as marcas do destino,
na pele que era seda tão macia
e os olhos orvalharam de tristeza,
Ai meu filho, ai meu filho, estes que choram
lembrando que de ti eu sempre soube
que meu seria só teu sofrimento.
Como doía, ai Deus, e dói ainda,
o tronco, o viramundo, a gargalheira,
ou a peia, a gonilha e os mais tormentos
com que viveste a morte em cada dia!
Mas eu devia rir, que já não sofres!
Ai meu filho, ai meu filho, eu cantarei
“Aleluia! Aleluia!” Finalmente
és ave libertada, és anjo, és tudo
o que eu mais desejava que tu fosses,
porque menos que a morte não podia
da própria morte em vida libertar-te.
(Nota: Mais Daniel de Sá no sítio próprio, aqui.)
5 comentários:
Caro Vasco
Um bem haja pelo teu excelente blog.
"There's always more 2 the pic that meets the eye" e tu sabe-lo melhor que ninguém...
Aproveito para te fazer chegar o blog da minha perdição dedicado essencialmente ao fundo do mar (literalmente)
http://pirat-downunder.blogspot.com/
Do teu "irmão" José Ruivo
Aos velhos tempos do Camões !!! :-)
Carpe Diem meu velho lobo do Mar
"pra ler rezando!"
Bem haja, Daniel de Sá!
mano pirata,
bom saber-te.
por onde andas? engenheiro, certo? e porquê piratarias e fundo do mar? (pirata sempre foste, mas pronto)
ainda tocas? e ainda estaremos ensaiados? cesaltina, canta?
rezónimo,
«e das tais opiniões que só ganhariam com a assinatura, mas pronto.
pronto assino, caro rui:
eulalia
eulália,
muito melhor assim.
em nome do daniel, obrigadinho.
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