Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Matar o tempo

Em Leiria, a solução encontrada para instalar um ATL para cento e sessenta crianças foi aproveitar o espaço da casa mortuária dos Marinheiros, construída e paga pela população, não pela autarquia. A mesma população que, vá lá perceber-se porquê, não aceita esta decisão e recusa-se a pôr lá os seus filhos.
A casa mortuária dos Marinheiros, embora não sendo já a primeira escolha para os velórios da terra, ainda este Natal foi ocupada pelas vítimas do grande acidente rodoviário no IC2. Agora, desde ontem, é o novo ATL leiriense, um local sem janelas e com as mesmas vistas de quem o escolheu.
Eu sei, eu sei. È preciso matar o tempo, entretendo a criançada enquanto os pais dão o litro para as sustentar.
Mas... assim?

1 comentário:

piedade disse...

ATL = Assustar Todos Leirienses = BUUUUUUU