Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Pai biológico de Esmeralda Porto ganha custódia da filha em tribunal

Algures entre os anos 1009 e 922 antes de Cristo viveu um Rei chamado Slhomô, que a tradição judaico-cristã guardou para memória futura como o homem mais sábio que teria vivido até então. As suas decisões fizeram história e marcaram exemplos até hoje citados como paradigmas de sabedoria, justiça e imparcialidade.
Lembro-me de ouvir contar a história das duas mulheres que se apresentaram um dia aos pés do Rei trazendo uma criança que ambas reclamavam como filha. Por isso ambas a queriam em exclusivo. O Rei ouviu e sentenciou. Terá ordenado que trouxessem uma espada afiada e que com ela cortassem a criança ao meio, podendo cada uma das mulheres levar a metade que quisesse. Reza a lenda que só a uma das mulheres terá jorrado nesse momento um amor misericordioso do coração que a fez gritar uma entrega abnegada da criança que até aí queria apenas para si. Pois foi a essa mesmo que o Rei Shlomô entregou a criança, certo que ali estava, se não um ventre parido, seguramente uma genuína alma de mãe.

9 comentários:

Anónimo disse...

Confesso que a sentença de Salomão tem sido um pensamento recorrente sempre que oiço notícias sobre este caso.
Infelizmente, o que mais falta, na nossa ( salvo seja! ) justiça são "salomões".
Corja de mentecaptos que mal conseguem articular o mais elementar raciocínio do tipo causa/efeito e, por isso, se escudam, qual ratazanas, atrás de uma legislação que, como todos sabemos, se oferece alguma dificuldade é na opção dos muitos caminhos a trilhar e não no facto de constituir um espartilho. Mas, para se aproveitar de horizontes vastos é preciso a envergadura de um Fernão Capelo. E, desgraçadamente, os nossos magistrados, maioritariamente, ficam-se pelo debicar do peixe podre. Têm agrofobia! E eu, cofesso que , cada vez mais, tenho justiçofobia!

Rui Vasco Neto disse...

mifá,
calma.
bebe um copinho de água, respira fundo...
olha, senta-te aqui. isso, vá...

pronto, pronto...

já tá?
agora diz lá isso com calma:

Anónimo disse...

Que raio de justiça !!! Não há ninguém que meta em tribunal o juíz deste caso ??? Eu metia se pudesse. Raios !!!!

Camilo disse...

Caro Amigo Rui Vasco Neto...
Faz falta,
imensa falta,
de vez em quando (só de vez em quando),
aparecer um "gajo-da-alta" com um tiro na mioleira.
E se, para variar, esse "gajo" calhasse ser um juíz,
tanto melhor!!!

Anónimo disse...

O Camilo costumava dar um tiro era em si mesmo.

Rui Vasco Neto disse...

marquesa,
olhe a tensão, amiga.

camilo,
guarde a 45, dirty harry.

dan,
e antero, amigo. e antero.

Anónimo disse...

E Trindade Coelho. E Mário de Sá Carneiro. E mais não sei quem. Mas este Camilo do grupo poupe a cabeça, aquilo foi a brincar.

Anónimo disse...

Mifá,

Eu juro pela minha rica alminha que sei porque é que na nossa "(salvo seja) justiça" faltam tantos "salomões".

Ao que me consta toda a sua descendência (as salmonelas) foram assambarcadas, por si, para uma festa.

De que é que se queixa, afinal???!!!

Anónimo disse...

Ouça cá ó ???!!! - eu já sei quem tu és ...