que acontece uma vez cada milhão
ai, é que os olhos
não vêem como vê o coração
Devagar, pintei as cores da minha vida
pouco a pouco deste o tom do teu viver
ai, e o tempo
levou-nos na aventura de crescer
descobrir cada gesto,
amar, esquecer o resto,
e fez de nós
amigos a valer
Vem à minha estrela,
tem um palmo só de chão,
vem sentar-te nela e ver o mundo
rodar, sofrer, amar, nascer, morrer
e nós ali
amigos a valer
Muita vez busquei o abrigo dos teus braços
que os fracassos doem mais se estamos sós
ai, e hoje
não passo sem o som da tua voz
E se um dia fores no rasto de uma estrela
ninguém vai notar que outra luz se acendeu
ai, e eu ao vê-la
serena entre o azul escuro do céu
vou sentir a magia
o encontro e a alegria
que fez de nós
amigos a valer
Vem à minha estrela
ver um palmo só de chão
vem sentar-te nela e ver o mundo
rodar, sofrer, amar, nascer, morrer
e nós ali
amigos a valer
('Amigos a valer', escrito para a peça 'O Principezinho', Teatro Aberto, 1987/88)
4 comentários:
Que pena que o Principezinho não possa ler isso. Mas eu li por ele e senti por ele, podes crer. E, tal como ele, sempre que tenho sede e 52 minutos livres, vou devagarinho até uma fonte. Que pode ser de palavras, como esta.
inspirado numa personagem alqu�mica, alquimia gerou...
aquele abra�o!
daniel,
obrigado. era o tempo de todos os possíveis, a fonte jorrava por compulsão e com uma inocência cuja falta sinto mais do que tudo.
puto,
gadinho. outro.
Tão bonito ... recebeste a quadra que te mandei para o teu auto-retrato acima ?
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