Quero às palavras como às amantes
(mais a umas do que às outras
confesso e é natural)
que as palavras, mesmo loucas,
mentirosas, inconstantes,
são melhores do que as amantes:
não me fazem tanto mal.
Dizem-me que hoje é o dia
de lembrar a todo o mundo
o universo dos poetas:
as palavras! Que, no fundo,
são de todos, dos patetas,
dos tristes, dos geniais,
dos uns que lhes querem mais
que os outros que as maltratam
(e às vezes com elas matam)
a quem escapa a fantasia
que mora nas entrelinhas...
As palavras não são minhas
mas se fossem, eu garanto
esta intenção verdadeira:
às palavras quero tanto
(ai! tanto lhes quero, tanto!)
que não marcaria um dia
para as palmas mundiais
mas antes a vida inteira
milhares de vezes um dia!
E não seria demais
para lembrar a Poesia.
sexta-feira, 21 de março de 2008
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5 comentários:
Muito bom!
Abreijos
Isso de haver um dia da poesia é como haver um também do Sol.
Belo poema, Rui.
Belíssimo!
Parabéns.
Excelente....
Muito obrigada.
Abraço
belas palavras!
abreijos,
Maria (açoriana)
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