Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ponha o cinto, olhe os burros


4 comentários:

Anónimo disse...

Ao ver a simpática homenagem a um viajante, lembrei-me de outras homenagens a viajantes. A de Ney Matogrosso, talvez...
"....
Mas o viajante é talvez covarde
Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas que insistimos tanto em nos defender
........"

não sei porquê, burros e viajantes faz-me lembrar isto...

Rui Vasco Neto disse...

minha senhora:

não quero sequer pensar o que lhe farão lembrar crocodilos e couve flor, alcachofras e hamsters, ou mesmo aranhas e vinho verde.
afinal, quem sabe o que um burro e um viajante têm de comum, sabe o segredo nunca desvendado da ubiquidade amorosa.

rvn

Anónimo disse...

O "minha cara senhora" lembra-me sempre o "meu caro senhor, meu caro sennhor" do Iznogood que queria ser califa no lugar do califa...
E pode, freudianamente olhando de cadeira para divã, dissertar sobre as associações entre califas e copos de cristal que tenho para mim que tudo se pode reduzir è velha sabedorias popular - DdC...

Rui Vasco Neto disse...

bolas, bolas, bolas!!

jogasse eu ás setas como acerto nos comentários e era campeão da Europa.
que digo eu?
do mundo...

esculp

rvn