Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A minha alegre celinha

Ando doido por comprar uma casinha. Um têzerozinho, no Algueirão ou em Massamá, com kitch e net e vista para a rua. Ter casa própria é tudo. Eu já andava com esta ideia, mas a notícia de hoje da BBC News sobre o caso do senhor Graeme Alford fez-me decidir de uma vez por todas.

Graeme Alford, ex-alcoólico, passou vários anos na australiana Pentridge Prison, em Melbourne, condenado por roubo e desvio de fundos. Antes do seu encerramento em 1997, a Pentridge Prison era o mais célebre estabelecimento prisional do país, o local onde em 1967 teve lugar o último enforcamento ditado pela lei australiana. Agora, Graeme Alford comprou a sua antiga cela ao Estado Australiano e hoje mesmo vai receber as respectivas chaves, as mesmas que o mantiveram lá fechado durante o seu período de reclusão. De hoje em diante, entra e sai quando quiser. A cela é dele.

Graeme Alford foi libertado em 1980 e jurou nunca mais beber. Mas nas primeiras declarações que fez agora à imprensa, depois da concretização do negócio, confessou ser sua intenção fazer da velha cela um armazem de vinhos. «A grande ironia é que eu já não bebo. Isto é para puro investimento», garantiu.


Ando doido por comprar uma casinha. Um têzerozinho, no Algueirão ou em Massamá, com kitch e net e vista para a rua. E quero fazer um armazém de vinhos, também, para guardar as Teobar e Casal Garcia que já tenho em stock. Não há prisão como a nossa, essa é que é essa. Cela, doce cela.

RVN

5 comentários:

Anónimo disse...

Puxa!!! Essa cela não tem duas caminhas?

Anónimo disse...

ai,ai ai, ai ai !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Vêem no que dá deixar de beber?!
O homem está armado em James Cook!
Pirou de vez!

alfredinho,

Estou muito preocupada com essa sugestão das "duas caminhas".
É para partilhares com as garrafas de vinho ou com o rvn?
É que pareceu-me descortinar um convite sublinear...Tira-me depressa desta angústia!

Anónimo disse...

mi / fá

Dividir assim o teu nome, até que é fácil. São duas notas musicais separadas por meio tom. Até uma garrafa de vinho se divide: metade para um, metade para o outro. Como é que se dividem duas caminhas?
DAAAAHHHH.......
Perdoai-lhe Rui. Ela não soube o que disse!

Rui Vasco Neto disse...

mifá:
é por isso que eu bebo...

fredo:
diz lá que a nossa mifas ás vezes não parece mesmo um mi sustenido... ou um fá bemol, digo eu!

abraço os dois

rvn