O embaixador português no Reino Unido, António Santana Carlos, entendeu sábado passado dar uma entrevista ao Times, onde se alongou em considerações pessoais sobre o caso Maddie McCann. Na linha das habituais tolices de uma longa lista de tolos especialistas sobre este assunto, o (pouco) diplomata português referiu a certa altura que em Portugal «as famílias vivem todas juntas», razão pela qual, sugere, alguns portugueses terão criticado os McCann por terem deixado os seus filhos sozinhos a dormir num apartamento enquanto jantavam num restaurante próximo.
Foi como deitar álcool ao fogo. E o suficiente para o «Daily Mirror» de segunda-feira sair com uma crónica, do jornalista Tony Parsons, com o sugestivo título "Oh, up yours, señor". Nela o senhor Parsons estica-se em comentários e observações de fino recorte, das quais retiro a essência. «Eles erraram, embaixador. As vidas deles foram destruídas. Isso é um castigo suficiente, sem os seus comentários estúpidos e desnecessários», escreve o articulista do Mirror, que ainda aconselha que no futuro Santana Carlos «mantenha fechada a boca estúpida e trituradora de sardinhas».
Aqui entre nós, eu cá acho que o Ministério dos Negócios Estrangeiros deve ponderar seriamente a hipótese de oferecer ao embaixador Santana Carlos uma interessante progressão na carreira. E quem sabe espetar com o homem nas manhãs da televisão, ali ao lado de reconhecidos ícones da parvoíce lusitana como José Castelo Branco ou Cláudio Ramos, enfim. E aí sim, deixar o homem comentar o que lhe apetecesse. Em português e para Portugal, que assim os ingleses percebiam tanto como os chineses e a vergonha ficava aqui por casa, só para a gente. Isto é uma coisa. Um lado da questão.
Agora lá porque o pobre Carlos é incontinente verbal, coitado, isso a meu ver não é razão para deixar um merdas qualquer, inglês ou marroquino, desancar o meu Embaixador e ofender Portugal. Cada país terá os embaixadores que merece, é certo, tal como cada monarquia tem o tampax que merece na senda do trono. Só por piada os ingleses podem pretender julgar seja quem for. E nestas coisas eu cá sou mais eu, confesso, e salta-me o chinelo. Mesmo nascido lá nas ilhas sobe-me aquela varinice do bairro mais alto dos meus fados e grito daqui ao tal tónì: Up yours nada, meu amigo. É 'na peida' mesmo. E vem cá pedir sardinhas ao Algarve que a gente ensina-te outras mais giras.
RVN
RVN
8 comentários:
Mamma Mia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E depois? Admitindo, muito embora, que o Santana não estava num dos seus dias mais diplomaticamente felizes ( o que também se percebe pois já não há pachorra para aturar as críticas e a arrogância dos bifes!)é caso para o outro estupor ter um ataque de xenofobia?! Que em Portugal não se deixam três crianças com idades compreendidas entre os 2 e 4 anos sozinhas não é mentira nenhuma.Que há muitas estórias mal contadas no malfadado caso Maddie, só um cego ou um surdo é que não vê ou não ouve.Que a nossa polícia e as nossas autoridades têm a "cabeça no cepo" e, consequentemente, não iriam dar ao processo o rumo que deram se não pisasem terreno seguro, parece mais do que óbvio. Que estão a ser puxados mil cordelinhos, não há ninguém que o não pressinta.Que nunca nenhuma das nossas crianças desaparecidas e respectivos pais foram alvo dos desvelos e do empenho que têm caracterizado este caso é uma constatação a que ninguém pode obstar.
Porquê, então, essa ingerência e essa acrimónia toda por parte de sectores da sociedade britânica que deveriam ser os primeiros a pugnar pela isenção,pela cooperação e pela cortesia?
Fartos estamos nós,ao longo da nossa história,da imunda pata anglo-saxónia! O Eça é que tinha razão!
E, sabem que mais, só há uma maneira de atenrar os bifes: bater-lhes com o martelo...dos bifes.
Honestamente, já não há aço!
Subscrevo na ìntegra o comentário supracitado.
Apenas uma sugestão, amigo RVN, não será possível fazer uma montagem na fotografia e sentar o rabinho (cu) do sir Tony Parsons em cima do dedinho?
anonimo:
espero que tenha duas.
mifá:
pois e mais pois. bifes é o diabo. tenrinhos ainda vai lá, mas uando são duros, há que cortar com firmeza.
fredo:
já pensei nisso, mas estou à espera que esteja livre.
o dedo está.
rvn
Meus caros, não esqueçam que os ingleses sempre estiveram connosco nas horas mais difíceis. Para as tornar mais difíceis ainda.
daniel,
cuidado, amigo. há quatro dedos no texto.. senta-te, fica à vontade.
Mr. Parsons.....go away to frie asparagous.......!
Carrascos ruivos do Tamisa (Fialho de Almeida dixit)
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