Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Bom dia. Hoje eu faço a barba a pensar nos serviços públicos.

«Em Portugal, o espírito corporativo das instituições é fortíssimo. Os serviços públicos fazem a barba uns aos outros.»
António Hespanha, Historiador, in 'Prós e Contras', RTP 1

5 comentários:

samuel disse...

Oh!... A barba, acabei de fazer. Mas já que estou aqui, posso fazer, sei lá... outra coisa qualquer...

Ângela disse...

Convenhamos que, tal como um barbeiro novato, o relacionamento entre alguns serviços públicos deixa muitos golpes na cara... Não só dos cidadãos, mas também dos próprios serviços...
E também podemos pensar na frase do Prof. Hespanha por este prisma. Nem sempre "fazer a barba" é uma coisa boa.

Anónimo disse...

Por eles andarem a fazer a barba uns aos outros é que nós temos que pôr as barbas de molho...

" A Justiça é demasiado técnica ", " não fala para os cidadãos", disse o Hespanha por outras palavras.
Eu cá discordo em absoluto : desde quando é que o discurso da Morgado foi técnico, hem? E, se ela se tivesse expressado em latim, hem?
Já é vontade de refilar!...

Anónimo disse...

Eu cá é que faço a minha barba. Aqui ninguem toca, mas tenho um barbeiro, muito teu amigo que me corta o cabelo.

Rui Vasco Neto disse...

sam,
cortaste-te?

ângela,
essa tem barbas.

mifas,
refila pr'aí, m'lher!

alfredo,
eu sei, lembro-me do sorriso novo que ele tem e te deve.