Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Vale tudo menos tirar olhos

Corro a blogosfera e dou por mim de boca aberta a ver a quantidade de gente séria que, na sanha persecutória às marotices do nosso primeiro, até já cita e reproduz 'O Crime', essa pasta de papel desperdiçada num pasquim merdoso. Como se fosse investigação. Como se fosse jornalismo. Como se fosse para levar a sério. "Afinal Sócrates declarou seis mil euros como trabalhador independente", descobriu o pasquim da calúnia. E ainda "Bibi processa bastonário", na mesma primeira página citada e reproduzida por gente de respeito. Não pára de me espantar, a espécie humana. "O carácter de um homem é o seu destino", dizia Heraclitus, quinhentos anos antes do nascimento de Cristo. E bem.

5 comentários:

CC disse...

Desconhecia tão famosa parangona. Fonte de polémica, certamente. Mas com boas fontes?

Grande abraço, Rui.

Anónimo disse...

E tu também citaste...

samuel disse...

Falhou por menos de cem anos a possibilidade de ensinar isso ao Sócrates... vá pois para o raio que o parta!
(claro que posso estar a fazer confusão com as personagens)

Anónimo disse...

Achei graça o nosso primeiro ser capa daquele jornal!

Rui Vasco Neto disse...

mestre,
Não sei responder. Mas se eram boas estragaram água, ao jorrar para aquele penico.

daniel,
amor com amor se paga, daniel. O pasquim merdoso já me dedicou uma primeira página também. E que apetite ela era...

sam,
atacar sócrates no Crime égarantir-lhe mais uma vitória eleitoral.

jbc,
aquele jornal (?) é uma graça, todo ele. é só rir.