Há gente assim, com vidas que nunca mais acabam. Seres com a estranha capacidade de se reinventarem mesmo no disparate.
De renascerem sempre, após cada uma das muitas mortes que vão tendo em vida. Tolos, há outros que lhes invejam este castigo como se fora uma gracinha para entreter os amigos nas noites frias de inverno ou nas amenas cavaqueiras de verão. São os tolos quatro-estações, que por desconhecerem a primavera das ideias estão condenados ao outono da mediocridade para sempre.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Há coisas tão bem ditas que eu nem lhes mexo

2 comentários:

Anónimo disse...

A morte nunca é solução, como tantas vezes se diz. E, neste caso concreto, não serviu para nada. Os gastos enormes da corte, sobretudo da rainha, e o desconchavo de sucessivos governos, brevemente haveriam de ser ultrapassados pela estupidez da República. (Não esquecer que José Relvas, o republicano mais simbólico de todos, abandonou o partido quando viu que, para aquilo, não valera a pena a proclamação que fizera na varanda da Câmara de Lisboa.)

Rui Vasco Neto disse...

daniel,
esta citação para mim situa o lado mais importante, em termos históricos. Gaita, adorava ter dito isto.